sexta-feira, 4 de março de 2011

Marcas do passado

Estávamos reunidos em vasto salão, onde um amigo mais esclarecido explanava a respeito dos desafios vivenciados por aqueles que se encontravam na Terra, mergulhados na experiência reencarnatória.  Ao fim da exposição, fui convidada por Matilde a participar de uma caravana de estudos e socorro que tinha por objetivo assistir alguns espíritos que se encontravam no corpo físico.

A noite apresentava-se de forma nova para mim, com a Lua emitindo suaves vibrações, que enchiam meu espírito de saudosas lembranças do lar dos antigos afetos, da família que deixara na Terra.  A excursão, para breve, dava-me a esperança de que talvez pudesse rever os filhos queridos, a família que ficara para trás, ainda na roupagem terrena.
Enchia-me de nostalgia, olhando as estrelas que cintilavam distantes, agora com novo brilho, revelando a atuação do nosso Pai amado. Suave luminosidade em tons azulíneos parecia irradiar-se da criação, como a falar da vida sempre estuante e bela, presente em todos os setores do universo. Tudo na natureza nos fala de Deus, e nossa própria alma parece refletir este estado de união com a consciência universal.

Enlevada com tal pensamento, agradeci a Deus pela oportunidade que me concedera de estar ali, nesta colônia, como dizem os espíritos que ali vivem. Trata-se, na verdade, de uma cidade, que lembra um diamante incrustado nos céus do Brasil, em razão das luzes que irradia para as regiões sombrias, de modo a clarear os caminhos de quantos se dispõem a palmilhar a árdua via da iluminação interior. Além, é claro, de clarificar os espíritos que à sua comunidade se agregam em trabalho edificante. [...]

Por Leonardo Ferreira
O texto que você leu é um fragmento do livro Sob a luz do luar, de Robson Pinheiro pelo espírito de sua mãe, Everilda Batista. Esse livro, cujo nome anterior era Caravana de luz, narra a experiência de alguém que viveu pelo próximo e, desencarnada, prosseguiu nesse trabalho. Everilda seguia a essência do Evangelho: “Porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim”. (Mt 25, 35-36)

Disse Everilda certa vez ao filho Robson Pinheiro: “Eu não lhe disse que seria fácil, disse-lhe apenas que compensava”.

Se você ainda não leu Sob a luz do luar, esta é uma ótima oportunidade de conferir. Dê uma passadinha na livraria mais próxima e conheça aquela que, durante toda a vida, buscou praticar o amor ensinado por Jesus e encorajado por Teresa de Calcutá, Gandhi e Chico Xavier.

E fique com mais uma frase de Everilda: “Não te canses de amar, não te canses de servir”...


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