sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Do lixo ao luxo: Vik Muniz.


Auto retrato de Vik Muniz, feito com confete de revistas.



Vik Muniz começou brincando como uma criança, desenhando rostos e figuras com chocolate, terra e açucar. Hoje é um dos mais importantes artistas plásticos brasileiros.

Nacido em 61, em São Paulo, Vik começou sua fama fazendo réplicas detalhadas de quadros famosos como La Gioconda (Monalisa) e a Última Ceia –ambos de Leonardo Da Vinci. Até aí nada de diferente não fosse os materiais que utiliza como matéria-prima para suas obras: manteiga de amendoim, geléia, molho de tomate, melado, entre outros. Seus quadros hoje são avaliados em centenas de milhares de dólares e figuram nas mais importantes coleções dos principais museus do mundo todo.

Desenho de criança feito de açucar.


Apesar de morar em Nova Iorque há mais de 20 anos, Vik vive de estabelecer laços com o Brasil e com sua cultura através de sua arte, levantando fundos e ajudando várias entidades assistenciais com seu trabalho. O documentário Lixo Extraordinário (Wasteland), premiado no Festival de Sundance, no Festival de Berlim e um dos indicados ao Oscar de melhor documentário, mostra uma dessas intervenções de Vik junto à comunidade de catadores de lixo no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias no Rio de Janeiro.

O artista entrevista vários personagens, traça seus perfis e os contrata para trabalharem juntos na composição de uma série de obras, feitas a partir do lixo. Um dos quadros acaba numa famosa casa de leilões em Londres, onde é arrematado por uma alta quantia, revertida integralmente para a associação de catadores de Gramacho. Um filme instigante e comovente, mostra o processo criativo de Vik e sua sensibilidade única na captura de estética e humanidade. Mostra na prática como a arte pode mudar a realidade de vida das pessoas, principalmente pela nova percepção que elas adquirem de si mesmos e do mundo à sua volta.

Veja o trailer do filme:


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